‘Problema do governo não é a comunicação, mas polarização dificulta o planejamento’, diz ex-ministro Paulo Pimenta 2o1c16

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Para o ex-ministro da Comunicação, problemas estruturais que afetam a istração do governo

  • Por Jovem Pan
  • 13/06/2025 16h48 - Atualizado em 13/06/2025 16h51
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Lucas Leffa/Assessoria Paulo Pimenta O ministro Paulo Pimenta Paulo Pimenta deixou o cargo de ministro da Secretária de Comunicação há 5 meses 

Paulo Pimenta (PT-RS), que deixou, a cinco meses, o cargo de ministro da Secretaria de Comunicação, atribui à polarização política a dificuldade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em recuperar popularidade. Em entrevista ao ‘O GLOBO’, ele disse que a questão central não reside na comunicação, mas em problemas estruturais que afetam a istração. “O problema do governo não era e não é a comunicação. Esse sempre é um atalho para não mergulhar e procurar resolver, de fato, questões estruturais e necessárias neste e em qualquer governo”, disse. “Eu tenho uma relação muito franca e leal com o presidente. Eu sempre o deixei muito à vontade. E quando eu conversei com o presidente, antes da minha saída, eu disse para ele: “presidente, eu não sou um marqueteiro, o senhor trabalhou com o João Santana, trabalhou com o Duda Mendonça, porque se a busca é de um perfil publicitário no mercado, um marqueteiro, essa pessoa não sou eu”, acrescentou.

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O ex-ministro ressalta que a comunicação do governo não deve ser encarada como uma responsabilidade exclusiva da Secom. Ele argumenta que a polarização política tem dificultado a aprovação de medidas e que é fundamental um planejamento que antecipe crises, além de uma narrativa sólida para sustentar a imagem do governo. “O que dificulta o índice de aprovação do governo não é a falta de políticas públicas, é o ambiente de polarização que o país vive. O governo precisa pensar a comunicação não como questão de responsabilidade exclusiva da Secom”, disse.

“Eu também, muitas vezes, acabei tendo o meu planejamento totalmente comprometido por ser surpreendido. Quando o governo decidiu taxar a importação até US$ 50 (a taxa das blusinhas), não estava no meu planejamento enfrentar aquela situação. Quando eu vejo o Sidônio se deparar com a questão do PIX, do IOF, do INSS, nada disso está no horizonte que ele preparou”, acrescentou. Pimenta também se refere à sua saída da Secom, afirmando que a comunicação não foi o motivo de sua saída e que sua lealdade a Lula permanece inalterada. Ele critica a visão de que a comunicação é a única responsável pela percepção pública do governo, destacando que a Secom enfrentou desafios em licitações, o que reflete a complexidade do cenário político.

Publicado por Sarah Paula
*Reportagem produzida com auxílio de IA

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